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Mais de 3 mil pessoas lotaram uma fila na expectativa por uma vaga de emprego na nova unidade de uma rede de supermercados. Na loja que receberia os currículos, na Vila Rubim, em Vitória, trabalhadores dormiram na fila. Na manhã desta sexta-feira (19), a fila dava volta no quarteirão do estabelecimento.
O supermercado divulgou as 140 vagas nas redes sociais, na quinta-feira (18), para atuar na loja que será aberta em Jardim Camburi. As vagas são para diversos cargos, que vão de empacotador até cargos especializados, como açougueiro.
A unidade começou a receber as pessoas às 6h e às 9h já tinha recebido mais de mil currículos, quando uma confusão começou.
Por conta do número de pessoas, eles suspenderam o recebimento e entregaram um formulário para ser preenchido pelos interessados e ser entregues em qualquer unidade da rede.
O gerente de marketing Yuri Ferreira explicou que o movimento era esperado e que, mesmo que as pessoas não sejam chamadas para trabalhar nas vagas abertas, os currículos ficarão em um banco de dados da empresa.
“A gente esperava o movimento, antes das 9h a gente já tinha atendido mais de mil pessoas, mas deu confusão. Os currículos vão ficar no banco de dados, mesmo que essas pessoas não sejam chamadas agora. Quando tiver uma vaga em uma unidade da rede, eles serão chamados para a entrevista”, declara.
Em nota, a Rede Extrabom esclarece que montou uma estrutura interna para o atendimento dos candidatos. Mas, por conta do volume expressivo de pessoas à espera, houve um princípio de tumulto que foi controlado pela empresa. Os interessados nas vagas podem cadastrar o currículo no site da empresa.
Fila
Há quatro anos procurando uma oportunidade para o primeiro emprego, Mariana Gonçalves, de 20 anos, diz que o desemprego faz com que ela se sinta incapaz.
“É bem frustrante. Você tenta se adaptar a vaga, dá o seu melhor, mas já tem quatro anos que eu entrego currículo. A gente tem projetos, quero dar continuidade para os meus sonhos e fazer uma faculdade de publicidade”, conta.
Já com 25 anos de experiência registrados na Carteira de Trabalho, Renato Costa já trabalhou como porteiro, ajudante de pedreiro e jardineiro. Há dois anos, ele não consegue mais emprego.
Sem emprego, Jhonatas Santos Moreira vende pão de queijo em coletivos para pagar a faculdade de Sistemas da Informação.
“Tenho buscado estágio na área, mas não tive sucesso. Eu nunca trabalhei com carteira assinada, tentei e não consegui. Então, para sobreviver, eu vendo pão de queijo”, conta.
Fonte,Força sindical
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