A General Motors (GM) condicionou a manutenção de um grande excesso de operários da fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, à aprovação de propostas colocadas pela montadora para aliviar o custo trabalhista da operação.
Os termos incluem o congelamento dos salários neste ano, com a substituição da correção da inflação, em setembro, por um abono de valor a ser negociado. Em 2017, a montadora faria a reposição de apenas metade da inflação. Por outro lado, não deixaria de pagar a participação nos lucros e resultados tanto neste quanto no próximo ano. O pacote prevê ainda cortar de 30% para 20% o adicional pago a trabalhadores de jornadas noturnas.
Segundo informações do sindicato, não comentadas pela companhia, essas são as condições da GM para evitar demissões no mês que vem. Ainda de acordo com a entidade que representa os metalúrgicos, o número de empregos em risco gira ao redor de mil operários — menos do que os 1,5 mil que, conforme o sindicato, a companhia tinha ameaçado demitir no início deste mês.
Se os trabalhadores aceitarem a proposta, a contrapartida da montadora seria manter esse contingente afastado da fábrica em esquema de “layoff” (suspensão temporária de contratos) por mais cinco meses, prorrogáveis por mais dois meses. Na quarta-feira, representantes da multinacional e do sindicato voltam a negociar numa reunião marcada para as 9h. Ainda não há data para a proposta ser submetida à votação dos funcionários da GM em assembleia.
Na semana passada, a companhia adiou a decisão sobre novos cortes em São Caetano ao prorrogar por mais um mês o “layoff” de aproximadamente 1,3 mil dos quase 2,3 mil operários que estavam desde maio ou outubro afastados da produção.
Fonte: Força Sindical
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