Um em cada quatro desempregados procura vaga há dois anos, diz IBGE.
Pesquisa mostra que 3,347 mi de pessoas estão nesta situação no segundo trimestre de 2019. Problema atingia 1,435 mi de brasileiros em 2015.
Um em cada quatro desempregados procura uma vaga de trabalho há pelo menos dois anos. É o que diz a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa considera os meses de abril, maio e junho deste ano.
São 3,347 milhões de pessoas nesta condição. Segundo o IBGE, mais de 196 mil pessoas entraram para a estatística no período.
Em 2015, 1,435 milhão de brasileiros procuravam emprego há pelo menos dois anos, indicador que mostra a tendência de crescimento do número em função da dificuldade da inserção no mercado de trabalho a partir do início da crise econômica no final de 2014.
O elevado tempo de procura de emprego é um dos fatores que influencia o crescimento do número de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar uma vaga no mercado de trabalho.
A pesquisa mostra que, no segundo trimestre, o país tinha 4,9 milhões de desalentados, sendo que a maior parte deles está na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil pessoas).
Além do desalento, o grande tempo de procura por um emprego com carteira assinada impulsiona a informalidade, já que as pessoas optam por esta forma de trabalho enquanto não encontram uma oportunidade formal.
Hoje, o país tem 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, 11,5 milhões de empregados sem carteira assinada e 873 mil de empregadores sem CNPJ.
A taxa de desocupação no país ficou em 12% no segundo trimestre do ano, atingindo 12,8 milhões de brasileiros. O percentual é menor do que o registrado no primeiro treimestre do ano (12,7%) e no segundo trimestre de 2018 (12,4%).
Desemprego por Estados
A pesquisa mostra que a taxa de desemprego recuou em 10 das 27 unidades da federação e se manteve estável nas outras, em comparação com o primeiro trimestre do ano.
As maiores taxas de desocupação foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16%) e as menores em Santa Catarina (6%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).
A taxa de desocupação do país no segundo trimestre foi de 12%, ficando abaixo do registrado no primeiro trimestre (12,7%) e do mesmo trimestre de 2018 (12,4%).
Fonte,Força sindical